Memorial da Imprensa

O MEMORIAL DA IMPRENSA DA AMI

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Quem visita o Memorial da Associação Mineira de Imprensa encontra, logo na entrada, uma placa de aço inoxidável, com um texto que poderia ser o lead de uma história que coloca em destaque o retrato de corpo inteiro da Imprensa destas Minas Gerais, com certeza o local onde nasceu a Imprensa do Brasil:

 

MEMORIAL DA IMPRENSA

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Idealizado pela Associação Mineira de Imprensa em 18 de setembro de 1921 (Assembléia de Fundação), e instalado, em 18 de março de 1997 (Primeira Etapa), para preservar a Memória Histórica do Jornalismo e para que se não esqueça que a Liberdade de Imprensa, nestas montanhas, tem suas raízes na Conjuração Mineira de 1789, quando o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, comunicador nato, foi enforcado e esquartejado, com requintes de crueldade, pela Coroa “pela escandalosa publicidade” e  pelas “conversas e dissertações que sobre o levante fazia. “(Autos da Devassa)”.

Os jornalistas que fundaram a Associação de Imprensa de Minas, no dia 18 de setembro de 1921; os que mudaram seu nome para Associação Mineira de Imprensa, no dia 28 de abril de 1949, e os que reformularam seu Estatuto e transferiram sua sede de Juiz de Fora para Belo Horizonte, no dia 12 de dezembro de 1951, destacaram entre os principais objetivos no dia 12 de dezembro de 1951, destacaram, entre os principais objetivos a serem perseguidos por suas futuras diretorias, “interpretar a expressão a serem perseguidos por suas futuras diretorias, “interpretar a expressão cultural e cívica da Imprensa de Minas, colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento intelectual do povo mineiro e realçar a atuação da Imprensa nos fatos históricos da Pátria”

A Diretoria da Associação Mineira de Imprensa que assumiu no dia 22 de agosto de 1996, e foi reconduzida, vem trabalhando para preservar e divulgar a Memória Histórica da Imprensa. Credenciada, então pelos seus 75 anos de atuação, a AMI convocou e vem recebendo o apoio dos grandes jornais de Minas, da Telemig, através do então Presidente Saulo Levindo coelho, do BDMG Cultural, através do Diretor Mauro Santayana, do Banco Emblema, através do Presidente Geraldo Lemos Filho, da Cemig, através do então Assessor de Imprensa Francisco Stehling Neto, da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de BH, através do então Assessor Manoel Marcos  Guimarães, e pessoalmente do jornalista Virgílio Horácio de Castro Veado, através de doação de noite de autógrafo de seu livro “Marcas do Tempo”.

A criação e o desenvolvimento do Memorial da Imprensa têm por objetivo transformá-lo em um marco da mudança da história do jornalismo, porque já pode mostrar que a Imprensa do Brasil nasceu em Minas Gerais, como conseqüência de uma outra conjuração, pela liberdade de expressão, no ano de 1807, também em Vila Rica. Mantém, enquanto isso, a versão de que a história começa, em termos nacionais, com a criação da Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808, e com o lançamento do primeiro jornal do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, no dia 10 de setembro de 1808 e/ou o Correio Braziliense, em 1º de junho também de 1808.

O material exposto no Memorial foi cedido, até agora, pelos próprios jornais em circulação, e também pelo Museu da Inconfidência, Biblioteca Nacional, Arquivo Público Mineiro, Biblioteca da Universidade Federal de Minas Gerais, Hemeroteca Pública de Minas Gerais, Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte, Delegacia Regional do Trabalho, além dos arquivos particulares dos jornalistas José Maria Rabelo e Felix Fernandes Filho.

[Djalma Alves de Azevedo em “A Imprensa do Brasil nasceu em Minas Gerais – Preservando a Memória Histórica” – 2000]